Media Watch

Um olhar sobre o que se vai passando com os media

26 dezembro 2006

Os privilégios dos jornalistas - Crónica de Pedro Coelho, Jornalista da SIC

Passava das dez da noite quando o pequeno avião pôde descolar da Portela. A SIC fretara o aparelho à Air Luxor para cinco jornalistas e muito material. Seguimos para os Açores, para a cobertura do acidente aéreo em S. Jorge, que matou 35 pessoas em Dezembro de 1999.

O jacto da SIC abanou a viagem inteira. Em Ponta Delgada saíram três passageiros, os outros dois seguiram para a Terceira. Terão sido os piores 40 minutos que tive em 40 anos. O piloto foi incapaz de evitar o impacto de uma nuvem carregada de água e o jacto perdeu o norte, tendo iniciada uma descida descontrolada. Parou a tempo de não termos nós a mesma má sorte dos 35 passageiros da SATA.

Sempre que volto a entrar num avião em dias de tempestade hesito; mas de que me serve hesitar?

Em Setembro de 1999, os estrangeiros que estavam em Timor-Leste a acompanhar a crise que se seguiu ao referendo da independência, saíram em bloco da ilha. As autoridades deixaram de conseguir protegê-los. Ficaram quatro jornalistas portugueses: Jorge Araújo, Luciano Alvarez, José Vegar e Hernâni Carvalho. Se não tivessem ficado, quantos dos mais frágeis teriam sobrado para contar o fim da história?

Em Abril de 2003, a 80 quilómetros de Bagdade, um despiste foi fatal para três dos ocupantes de uma viatura que seguia numa coluna em direcção à capital do Iraque. O único sobrevivente é português e chama-se Rui. O Rui do Ó é jornalista. Os dois mortos eram argentinos, igualmente jornalistas e amigos do repórter de imagem da SIC. Como se sobrevive a uma tragédia destas?

Em Novembro do mesmo ano, Rui do Ó regressa ao Iraque. Na mesma estrada, o carro onde seguia despertou a atenção de um grupo de guerrilheiros. Foram disparados tiros. Uma jornalista portuguesa, Maria João Ruela, também da SIC, foi atingida. Carlos Raleiras, da TSF, foi raptado. Rui do Ó gastou mais uma vida. Salvou-se.

Aurélio Faria e Luís Pinto, ambos da SIC, escaparam fisicamente ilesos a diversos disparos que lhes estavam destinados. No Afeganistão, em 2001.

Em 1997, no Zaire, Paulo Camacho e Renato Freitas, da SIC, filmaram uma troca de tiros e resistiram, para contar a história.

Cândida Pinto e José Maria Cyrne integraram-se num pelotão inglês no Iraque em 2003. Foram soldados, semanas a fio.

Esta lista, das sortes da guerra, deveria ser muito mais dilatada e ultrapassar muito mais o universo da SIC. Os factos apresentados servem para confirmar os "privilégios" dos jornalistas.

Estive na guerra em Junho de 91. Atravessei sozinho, de gravador e microfone, um país que não o era, a desmantelar-se. A Jugoslávia. Nunca mais tive ganas de voltar à guerra.

Por que vamos? Perguntarão muitos. E se não fôssemos? Quem contaria a história? Provavelmente, apenas os vencedores.

O conflito do Darfur matou milhares de pessoas, porque, sem jornalistas presentes, o mundo inteiro fechou os olhos à barbárie.

Quem conseguiu mobilizar a opinião pública norte-americana e acabar com o envolvimento dos EUA no Vietnam?

Quem conseguiu mudar a opinião pública norte-americana relativamente à guerra do Iraque? Em situações limite, quando um jornalista morre, é ferido, preso ou raptado em "combate", seja dentro ou fora do país, Portugal, e o Governo, mobilizam-se. Esquecemos, todos, a nossa imensa tribo incluída, os dramas e os esforços muito perto do irracional porque vamos passando no quotidiano. E são tantas as vezes em que o quotidiano dos jornalistas se faz de situações-limite.

Temos família, amigos, afectos. Temos vida, que a realidade usurpa.
Para extinguir a Caixa dos Jornalistas, o Governo assume que o faz não por razões financeiras, mas porque não pode haver classes privilegiadas.

Os jornalistas devem ser solidários com a Segurança Social, mas a Segurança Social não pode, no entender do executivo, ser solidária com as especificidades da classe. Numa lógica soviética integramos todos o pacote dos desprivilegiados.

Lógica soviética, certamente: porque também na antiga URSS haveria sempre alguns que conseguiam escapar ao nivelamento por baixo. E infelizmente nós, em Portugal, sabemos quem eles são.

in "Opinião" - SicOnline - http://sic.sapo.pt/online/noticias/opiniao/20061130+-+Os+privilegios+dos+jornalistas.htm

Pesquisado e colocado por: Gonçalo Ermida (germida)

18 dezembro 2006

Quando o filósofo francês Diderot publicou a Enciclopédia, no século XVIII, procurava ao mesmo tempo construir uma ferramenta de divulgação do saber e um armazém no qual fosse possível sistematizar todo o conhecimento da humanidade.
Dois séculos e meio depois, existe uma ferramenta electrónica, a Wikipédia, que nos pede apenas alguns segundos para sabermos em que anos foi publicada a obra dirigida por Diderot e quantos volumes, artigos ou assinantes possuía. No entanto, a enciclopédia online do século XXI não goza de prestígio igual ao das enciclopédias impressas em livro. Diz--se que é pouco fiável, quando, nas predecessoras, o erro é excepção rara. Contesta-se que possa ser editada por qualquer um e não por Voltaire ou Rousseau, como a enciclopédia original. Esses argumentos são verdadeiros mas passam ao lado do essencial.
Para o bem e para o mal, a Wikipédia não é uma enciclopédia impressa, mas uma enciclopédia electrónica. É certo que a tecnologia não muda a natureza do conhecimento - não existe um Leonardo da Vinci online e um Leonardo da Vinci offline. Mas a tecnologia altera o modo como usamos o conhecimento. E isso faz toda a diferença. A Wikipédia obedece a regras editoriais próprias da Internet que são distintas das da imprensa. Falar dessa especificidade de pouco serve, se estão em causa erros ou imprecisões. Mas é indispensável se quisermos compreender este fenómeno. E, no essencial, a principal diferença é esta: enquanto a enciclopédia clássica visa uma impossibilidade, reunir todo o conhecimento existente, a enciclopédia electrónica funciona não como um fim mas sim como um processo.
Mesmo a mais sagrada das enciclopédias é obrigada a um trabalho de actualização, através de edições anuais. Na Internet não existem "edições", mas sim uma emissão permanente. O conhecimento não é actualizado de ano para ano, mas de um minuto para o outro, em tempo real. E sem fronteiras físicas. Não se lhe pode exigir o mesm o rigor que a outras. Mas funciona como processo, isto é, lugar de passagem cuja base é a hiperligação, ou seja, a possibilidade de estabelecermos inúmeras associações a partir de um elemento dado. A Wikipédia pode não ter sempre a certeza, mas é certo que representa uma transformação profunda.
Diderot não a desdenharia.

Fonte: DN online
Recolha e Postagem: JMurta

Quando o filósofo francês Diderot publicou a Enciclopédia, no século XVIII, procurava ao mesmo tempo construir uma ferramenta de divulgação do saber e um armazém no qual fosse possível sistematizar todo o conhecimento da humanidade.
Dois séculos e meio depois, existe uma ferramenta electrónica, a Wikipédia, que nos pede apenas alguns segundos para sabermos em que anos foi publicada a obra dirigida por Diderot e quantos volumes, artigos ou assinantes possuía. No entanto, a enciclopédia online do século XXI não goza de prestígio igual ao das enciclopédias impressas em livro. Diz--se que é pouco fiável, quando, nas predecessoras, o erro é excepção rara. Contesta-se que possa ser editada por qualquer um e não por Voltaire ou Rousseau, como a enciclopédia original. Esses argumentos são verdadeiros mas passam ao lado do essencial.
Para o bem e para o mal, a Wikipédia não é uma enciclopédia impressa, mas uma enciclopédia electrónica. É certo que a tecnologia não muda a natureza do conhecimento - não existe um Leonardo da Vinci online e um Leonardo da Vinci offline. Mas a tecnologia altera o modo como usamos o conhecimento. E isso faz toda a diferença. A Wikipédia obedece a regras editoriais próprias da Internet que são distintas das da imprensa. Falar dessa especificidade de pouco serve, se estão em causa erros ou imprecisões. Mas é indispensável se quisermos compreender este fenómeno. E, no essencial, a principal diferença é esta: enquanto a enciclopédia clássica visa uma impossibilidade, reunir todo o conhecimento existente, a enciclopédia electrónica funciona não como um fim mas sim como um processo.
Mesmo a mais sagrada das enciclopédias é obrigada a um trabalho de actualização, através de edições anuais. Na Internet não existem "edições", mas sim uma emissão permanente. O conhecimento não é actualizado de ano para ano, mas de um minuto para o outro, em tempo real. E sem fronteiras físicas. Não se lhe pode exigir o mesm o rigor que a outras. Mas funciona como processo, isto é, lugar de passagem cuja base é a hiperligação, ou seja, a possibilidade de estabelecermos inúmeras associações a partir de um elemento dado. A Wikipédia pode não ter sempre a certeza, mas é certo que representa uma transformação profunda.
Diderot não a desdenharia.

Fonte: DN online
Recolha e Postagem: JMurta

Quando o filósofo francês Diderot publicou a Enciclopédia, no século XVIII, procurava ao mesmo tempo construir uma ferramenta de divulgação do saber e um armazém no qual fosse possível sistematizar todo o conhecimento da humanidade.

Dois séculos e meio depois, existe uma ferramenta electrónica, a Wikipédia, que nos pede apenas alguns segundos para sabermos em que anos foi publicada a obra dirigida por Diderot e quantos volumes, artigos ou assinantes possuía. No entanto, a enciclopédia online do século XXI não goza de prestígio igual ao das enciclopédias impressas em livro. Diz--se que é pouco fiável, quando, nas predecessoras, o erro é excepção rara. Contesta-se que possa ser editada por qualquer um e não por Voltaire ou Rousseau, como a enciclopédia original. Esses argumentos são verdadeiros mas passam ao lado do essencial.

Para o bem e para o mal, a Wikipédia não é uma enciclopédia impressa, mas uma enciclopédia electrónica. É certo que a tecnologia não muda a natureza do conhecimento - não existe um Leonardo da Vinci online e um Leonardo da Vinci offline. Mas a tecnologia altera o modo como usamos o conhecimento. E isso faz toda a diferença. A Wikipédia obedece a regras editoriais próprias da Internet que são distintas das da imprensa. Falar dessa especificidade de pouco serve, se estão em causa erros ou imprecisões. Mas é indispensável se quisermos compreender este fenómeno. E, no essencial, a principal diferença é esta: enquanto a enciclopédia clássica visa uma impossibilidade, reunir todo o conhecimento existente, a enciclopédia electrónica funciona não como um fim mas sim como um processo.

Mesmo a mais sagrada das enciclopédias é obrigada a um trabalho de actualização, através de edições anuais. Na Internet não existem "edições", mas sim uma emissão permanente. O conhecimento não é actualizado de ano para ano, mas de um minuto para o outro, em tempo real. E sem fronteiras físicas. Não se lhe pode exigir o mesm o rigor que a outras. Mas funciona como processo, isto é, lugar de passagem cuja base é a hiperligação, ou seja, a possibilidade de estabelecermos inúmeras associações a partir de um elemento dado. A Wikipédia pode não ter sempre a certeza, mas é certo que representa uma transformação profunda.

Diderot não a desdenharia.

14 dezembro 2006

TV belga provoca onda de choque – Flandres proclama a independência... a fingir

A cadeia de televisão belga RTBF interrompeu quarta-feira a programação para anunciar que «a Flandres proclamou a independência», «o rei deixou o país!» e «a Bélgica já não existe», num exercício de ficção política que fez disparar as audiências

«Isto pode não ser uma ficção»... A mensagem de alguns segundos precedeu o genérico de uma edição especial do telejornal que anunciava a secessão da Flandres.
O anúncio inesperado provocou, ao que parece, estupefacção e até o pânico de alguns telespectadores.

Muitos ficaram convencidos pelos directos, as reportagens a quente nos eléctricos bloqueados na nova fronteira e as reacções de verdadeiras personalidades políticas belgas a congratularem-se ou a denunciarem a proclamação unilateral desta independência pelo parlamento flamengo.

O número para telefonar indicado pela RTBF no início da edição especial cedo ficou saturado. «A nossa central foi inundada de chamadas e os jornais francófonos recebem também muitas reacções», indicou o porta-voz da RSBF, Bruno Deblander.

«As pessoas acreditaram e quando lhe explicamos que é uma ficção, algumas dizem que é um escândalo, outras ficam tristes ou contentes que isso seja falso», acrescentou, reconhecendo que a iniciativa podia ser «contestável e que ela seria contestada».

Mas nesta emissão que recria à sua maneira a Guerra dos Mundos de Orson Welles, a RTBF apostava em «pôr na praça pública o debate que anima todos os belgas».

Governo francófono exige investigação

Esta quinta-feira surgiram as reacções mais violentas ao que o gabinete do primeiro-ministro belga Guy Verhofstadt já classificou como «uma piada de mau gosto».
«É dever da televisão pública informar correctamente o público, não criar confusão», afirmou o porta-voz de Verhofstadt.

O governo da Valónia, a região francófona da Bélgica, pede uma investigação sobre o «escandaloso» programa de meia-hora que surpreendeu o país, e questiona a ética dos jornalistas participantes.

Um país dividido

A Bélgica é um reino dividido entre três comunidades linguísticas (flamenga, francófona e alemã) e três regiões federais (Flandres, Valónia e Bruxelas). A Flandres, que é simultaneamente uma comunidade e uma região, representa metade mais de metade de todos os belgas e quase metade do território nacional.

Nesta região, que ocupa o Norte da Bélgica, vivem 6 milhões de flamengos, um povo germânico que fala uma série de dialectos próximos do Neerlandês (a língua da Holanda). Quase metade dos flamengos não fala o Francês, o idioma da zona Sul da Bélgica.

A Flandres é também historicamente mais rica e industrializada que a Valónia (a região francófona do Sul), factor apontado pelos independentistas como mais um motivo para a separação, uma vez que estes argumentam que os francófonos vivem à custa da região do Norte.

Recolha e Colocação: André Pereira
Fonte: Sol

13 dezembro 2006

sites de interesse ao nivel mediatico

Projectcensored.org Neste site encontramos as notícias que não chegaram a ser notícia. A ideia surgiu há vários anos nos Estados Unidos, mas continua bastante actual. Com frequência, há histórias novas e anualmente é feito o Top 25 apenas com as melhores. Algumas não chegaram aos jornais, rádios e televisões porque estão incompletas, outras chegaram lá, mas não tiveram muito destaque.

The Daily Nightly Algumas notícias merecem uma leitura mais atenta, uma opinião critica e comentários. Sendo assim, para além da televisão, das rádios e dos jornais, agora existe o “The Daily Nightly” na Internet.

Fonte: Info 3 net - Antena3 (http://www.rtp.pt/wportal/antena3/index.php?article=2014&visual=1)
Recolha e postagem: Gonçalo Ermida

10 dezembro 2006

Projectos a realizar pela ERC

Para além da actividade corrente de regulação, nomeadamente a apreciação de queixas, direitos de resposta e registos, enunciam-se a seguir algumas das principais iniciativas de regulação a empreender pela ERC nos próximos meses.


I. Reunião com directores de informação dos canais de televisão
O Conselho Regulador realizou no passado dia 29 uma reunião de trabalho com as direcções de informação da RTP., SIC, TVI; SIC-Notícias e RTP-N onde foram apresentadas e discutidas as linhas orientadoras da monitorização da informação televisiva que a ERC tem estado a trabalhar e que vão abranger, numa segunda fase a imprensa e a rádio.
Enunciam-se, sucintamente, os objectivos da monitorização da informação televisiva:
- Garantir a transparência e o rigor das decisões do Conselho Regulador no exercício das suas competências de regulação;

- Verificar o cumprimento da legislação aplicável ao sector




- Obter dados fiáveis e sistemáticos sobre os conteúdos emitidos;
- Adoptar procedimentos padronizados de recolha de informação de forma sistemática e racionalmente controlada;
- Efectuar análises comparativas entre meios e identificar tendências na informação emitida;
- Produzir relatórios periódicos sobre os resultados da monitorização
- Emitir, quando se justifique, recomendações aos operadores

A monitorização abrange conteúdos informativos da televisão, da imprensa e da rádio, de acordo com plano a seguir exposto).

1ª. Fase: (início: Outubro de 2006)
a) Televisão: canais generalistas de sinal aberto - RTP 1, SIC; TVI:
Blocos informativos das 20h00
Programas de informação: entrevista, debate, comentário político
b) Imprensa do sector público:
Jornal da Madeira; Diário do Alentejo
c) Imprensa de informação geral de âmbito nacional:
Diário de Notícias; Público; Jornal de Notícias; Correio da Manhã; Expresso; Sol; 24 Horas
d) Imprensa económica:
Diário Económico; Semanário Económico; Jornal de Negócios
2ª. Fase: (início em Março de 2007)
d) RTP 2 e canais temáticos do cabo dedicados à informação:
SIC Notícias; RTPN (blocos informativos das 21h00, 22h00 e 23h00, por amostragem)
e) Rádios: Antena 1, Rádio Renascença, TSF e Rádio Clube Português
f) Revistas generalistas - Visão, Focus, Sábado




II. Pluralismo no Serviço Público de Televisão
Está em curso a preparação de uma proposta sobre o pluralismo no serviço público de televisão que será em breve apresentada aos partidos políticos e à RTP, com o objectivo de encontrar uma plataforma de entendimento que garanta o respeito das obrigações do operador público em matéria de pluralismo político e evite ou diminua as queixas frequentes que chegam à ERC sobre esta matéria. Trata-se de propôr a ambas as partes um instrumento de co-regulação, á semelhança, aliás, do que é feito por reguladores de outros países. A ERC fornecerá, em breve informação mais detalhada sobre este tema.

III. Outras iniciativas de co-regulação no domínio da imprensa regional e local e das autarquias
Com o objectivo de responder a solicitações oriundas quer de autarquias quer de órgãos de imprensa, no sentido de que a ERC exerça alguma forma de mediação e co-regulação em matérias como a publicidade, entre outras, o Conselho Regulador iniciará proximamente contactos nesse sentido.

IV. O chamado “caso Manuel Maria Carrilho”
O Conselho Regulador definiu já uma metodologia para início dos procedimentos, tendo identificado as problemáticas suscitadas por esse caso, entre as quais se destacam:
- As relações entre o campo jornalístico e o campo político;
- A autonomia profissional dos jornalistas;
- A influência das agências de comunicação na informação publicada;
Foi, por outro lado, seleccionado um conjunto de personalidades das áreas do jornalismo, das agências de comunicação, académicos da área dos media e juristas, que o Conselho Regulador convidará a pronunciarem-se sobre as problemáticas identificadas como relevantes para a abordagem deste caso.

V. Estudo de Recepção de Media
O Conselho Regulador dirigiu convite a Universidades, Escolas Superiores e Centros de Investigação a apresentarem proposta de candidatura para a realização de um Estudo de Recepção. O objectivo fundamental deste estudo é a caracterização (quantitativa e qualitativa) dos públicos dos diferentes meios de comunicação social e a maneira como percepcionam os conteúdos difundidos.
Outro objectivo fundamental do estudo é a identificação de “públicos sensíveis” ou de públicos específicos, bem como a caracterização das suas necessidades, expectativas e opiniões face aos conteúdos mediáticos.
As propostas recebidas encontram-se em fase de apreciação.

Lisboa, 7 de Dezembro de 2006

in "Clube de Jornalistas - http://www.clubedejornalistas.pt/DesktopDefault.aspx?tabid=858 "
recolha e postagem: Gonçalo Ermida (germida)

08 dezembro 2006

ERC rejeita acusação de censura na RTP


Fonte: Diário de Noticias
Recolha & Postagem: Igor Pinto

07 dezembro 2006

Analistas consideram recuperação nas audiências da SIC positiva para Impresa

Os analistas “aplaudiram” as audiências da estação de televisão SIC no mês de Novembro. Uma recuperação que consideram ter um impacto positivo no grupo Impresa.

Durante o último mês, a estação de Carnaxide teve um "share" de audiência de 26,9%, o que corresponde a um aumento de 0,5 pontos percentuais (p.p.) em relação a Outubro. No mesmo período, a TVI registou uma queda de 0,5 pp, apesar de manter a liderança do mercado com um "share" de 28%. A RTP registou uma audiência média de 24,9%, ou seja mais 0,8 pp.
Para os analistas do BPI e do Santander Negócios, a recuperação da SIC é positiva para a Impresa. "A SIC (...) está a dar sinais de que conseguirá, pelo menos, estabilizar os ‘shares’ de audiência num nível próximo dos 27%, que é a nossa estimativa para 2007", refere Tiago Veiga Anjos no Iberian Daily de hoje do BPI.
Para os analistas do BPI e do Santander Negócios, a recuperação da SIC é positiva para a Impresa. "A SIC (...) está a dar sinais de que conseguirá, pelo menos, estabilizar os ‘shares’ de audiência num nível próximo dos 27%, que é a nossa estimativa para 2007", refere Tiago Veiga Anjos no Iberian Daily de hoje do BPI.Marcos Heitor, do Santander Negócios, realça que "Novembro revelou-se o mês mais forte do ano, excluindo os meses do campeonato mundial de futebol".

Fonte: Jornal de Negócios Online
Recolha e postagem : Joana Martins

05 dezembro 2006

A TVI manteve a liderança das audiências em Novembro


com um "share" médio mensal de 28%. A estação da Media Capital lidera também em termos anuais cumulativos, com um "share" de 30,1% contra os 26% da SIC.

Ana Filipa Rego
arego@mediafin.pt


A TVI manteve a liderança das audiências em Novembro, com um "share" médio mensal de 28%. A estação da Media Capital lidera também em termos anuais cumulativos, com um "share" de 30,1% contra os 26% da SIC.
Segundo um comunicado da SIC, a estação dirigida por Moniz alcançou um "share" de 28% em Novembro, contra 26,9% da estação de Carnaxide. A RTP1 registou uma audiência média diária de 26,4%.
Segundo a mesma fonte, a SIC "teve o melhor mês do ano, se exceptuarmos os meses em que se registaram o Mundial de Futebol". O valor atingido de 26,9%, representa um ganho de 0,5 pontos percentuais em relação ao passado mês de Outubro, e 1,4 pontos percentuais em relação a Novembro 2005. A recuperação das audiências, "permitiu à SIC ganhar em 7dias no mês de Novembro".
No "prime time", a TVI também lidera com 32% enquanto a SIC e a RTPI registam audiências de 26,3% e de 24,9%, respectivamente.

Fonte : Jornal de Negócios Online
Recolha e Postagem: Joana Martins

02 dezembro 2006

Debate em Coimbra sobre o futuro da Caixa dos Jornalistas

Fonte: in jornalistas.online.pt
Recolha & Postagem: Igor Pinto

Aborto: criticada por defender ‘não’ no referendo

Renascença garante isenção

A Rádio Renascença (RR) desvaloriza a declaração do Conselho Deontológico (CD) do Sindicato dos Jornalistas (SJ) que anteontem criticou a rádio por defender o ‘não’ no referendo sobre o aborto. José Luís Ramos Pinheiro, do Conselho de Administração, diz tratar-se de um mero editorial e garante isenção na cobertura do tema.

“A Renascença situa-se inequivocamente do lado da vida e do ‘não’ perante a pergunta posta a sufrágio”, ouvia-se anteontem, a poucos minutos do noticiário das 08h00, na emissora católica. No mesmo dia, reagindo à nota, Avelino Rodrigues, vice-presidente do CD do SJ, considerou “absurdo que um órgão de informação tome uma posição colectiva sobre uma matéria deste teor”.

Ramos Pinheiro não comenta a reacção, mas defende que a nota da Renascença não vincula os seus jornalistas, tratando-se de um mero editorial, como acontece noutros meios: “A Imprensa tem editoriais diários e não me parece que façam referendos internos aos seus jornalistas. Nem faria qualquer sentido.

”A polémica, aliás, passou ao lado dos jornalistas da RR, como garantiu um ao CM. O director de Informação, Francisco Sarsfield Cabral, confirma: “Ninguém estranhou a posição porque a RR sempre a teve. Houve até o cuidado de referir que isso não limitaria a nossa actuação. Vamos ouvir todas as partes e cumprir as regras deontológicas.

”Ramos Pinheiro relembra que “as notas de abertura da RR são uma prática com mais de 30 anos” e que o aborto já foi tema dessas comunicações em diversas ocasiões, inclusivamente “em 98, data do primeiro referendo. Agora, voltámos a tomar a mesma posição de então”. A inspiração cristã da rádio, segundo o gestor, é a justificação: “As pessoas conhecem os valores da Renascença e até estranhariam se não tomássemos esta posição.

”Em defesa do bom nome da Redacção, Ramos Pinheiro diz que “a Renascença diz o que pensa, mas trabalha com isenção. O seu trabalho fala por si e desafio as pessoas a avaliarem o trabalho feito em 98: ver onde estavam os factos e o esclarecimento da opinião pública, onde se procurou excluir a intoxicação informativa”. O problema, defende, está “em quem disfarça as posições para depois atraiçoar o seu trabalho com informação manipulada”.


Fonte: Nuno Tadeu,in correio da manhã
Recolha & Postagem: Igor Pinto